Jandira Leite Titonel e seus sentidos
Tudo vale a pena quando a alma não é pequena
Textos
Nada melhor do que não fazer nada
  Nada melhor do que não fazer nada

Ah, como é bom um tempinho inerte, papo pro ar e das coisas boas lembrar!
Agradecer a Deus cada minuto eterno e gostoso que tenho no  agora e depois fazê-lo  renascer, com deleite, cada detalhe vivido. Lembrar,com saudades,momentos alegres com nossos entes queridos que já acordaram. Sim, eu creio que o que aqui vivemos é um sonho ( ou pesadelo ) e na hora preestabelecida, acordaremos  para, enfim,  retornarmos a nossa verdadeira casa!
Reviver, é viver quantas vezes a gente quer!
Quantas balançadas  nos balanços lá da escola, Olegário Mariano, em Honório Gurgel e depois,  uma corrida de carrinho de Rolimã, ladeira abaixo, na rua da Caixa D'água, como era bom!
Todos nós chamados pelos  apelidos e, nada de bulling! "Perereca" era eu,  porque eu pulava por qualquer coisa. Tinha a  Branquela, o Magrela, o Pretin, o  Cabeção, o Careca , enfim...
Assistíamos a tv , pela janela do vizinho, em preto e branco, nas pontas dos pés ou pendurados nas grades do portão. A molecada ( e eu junto! ) se divertia com "O Jogo do Bafo", para completar nossas  coleções de figurinhas nos álbuns, quem lembra?  E quantos versos, retribuídos, escrevi para meu professor de desenho, Hernandes, lá  no Colégio, do ginásio, Bento Ribeiro, no Méier -  " Bom dia, meu amor ",  eu desenhava  na prova e ele respondia - Uma saudação dessa, concorre para fazer amigos e enriquece de felicidade o ser humano!
E, com que prazer eu lia  escondida, por detrás das cortinas da sala, cada palavra do "Pasquim"!
No Colégio, só de meninas, na quadra de esportes, nos intervalos das aulas, eram maravilhosos  nossos  mergulhos entre o lírico e o satírico!  Sem falar nos bailes, de garagem e dos cubas-libres que, mesmo "de mentirinha",  nos enchiam de poder! Ainda hoje me vejo como a garota do baile nas tardes dançantes de domingo, no clube "Maravilha", na Cupertino, em Quintino, em que os meninos levantavam os dedinhos para a próxima dança comigo...
Nos subúrbios do Rio ou nas cidades europeias, viver na minha essência é o que vale!
Porque viver remoendo o que não foi bom? Deixo isso, quietinho, no cantinho do  passado,  pois não há dinheiro que pague ou apague as boas lembranças. Essas, sim, devem ser nosso alicerce para uma vida saudável! A felicidade é essa sensação do dever cumprido!
É verdade, Fernando Pessoa . "Tudo vale a pena quando a alma não é pequena!"

Jandiel
Jandira Leite Titonel
jandiel
Enviado por jandiel em 25/04/2024
Alterado em 04/05/2024
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